Garanto que você nunca havia lido um texto sobre o Dia Nacional do Outdoor. Aliás, você sabia que essa data existia? Para quem é do mercado publicitário, a resposta pode ser sim.
A data de 31 de agosto foi instituída em 2009, no Nordeste, o que para mim e o Meio tem uma relevância ainda maior para ser noticiada. A história conta que a Câmara Municipal de Salvador (BA), através do projeto de Lei 127/09, passou a celebrar a data de fundação da Central de Outdoor, a entidade que reúne os empresários do setor.
Francisco Xavier, conhecido como Chico Preto, que nos fala a seguir, é CEO e Founder da CHICOOH+, a trading desk de OOH/DOOH (ou seja, mídias out of home e digital out of home) com atuação na América Latina. Ele criou a CHICOOH+ (nome sensacional que faz o trocadilho o dele próprio) para oferecer consultoria e novas soluções de comunicação em mídia.
M: O que é o 31 de agosto para você, Chico?
C: No Dia Nacional do Outdoor, celebro a inovação e a resiliência dessa mídia, que, mesmo sendo uma das mais antigas, continua a se reinventar e a impactar nossas vidas de maneira significativa.
M: O que te remete o Dia do Outdoor? História ou futuro?
C: Com mais de 40 anos de experiência no dinâmico mercado da publicidade, ao pensar sobre essa ocasião, sinto uma onda de inspiração desde suas origens até seu futuro promissor. No passado, o outdoor era uma das poucas formas de comunicação em massa. Na Roma antiga, as pessoas anunciavam produtos e serviços escrevendo em tiras de metal instaladas nos muros. No Brasil, os primeiros outdoors eram pequenos e fixados em postes, mas já mostravam o poder de captar a atenção do público. Essa mídia ajudou a construir a história de diversas marcas, tornando-se um pilar fundamental na publicidade. Hoje, a mídia continua a evoluir e se adaptar. Com a tecnologia, a possibilidades são infinitas, com anúncios dinâmicos e interativos. Em capitais, vemos uma mistura de formatos tradicionais e modernos, cada um com seu charme e eficácia.
M: Vamos falar mais sobre o cenário do Brasil. Quais são as suas impressões para cá?
C: A mídia exterior é uma comunicação que vai além dos limites do lar, alcançando o público nas praias da Bahia, nos bares de Minas Gerais e na agitação diária de grandes e pequenas cidades. O Brasil, com sua vasta extensão e diversidade cultural, exige que a comunicação das marcas seja adaptada aos contextos locais. Seja no litoral paulista, nos arraiás nordestinos, no planalto central, nos teatros pernambucanos ou nos ônibus do Sul, a mensagem precisa ressoar de maneira única e relevante para cada público. Cada região tem suas peculiaridades, e entender o funil de vendas e a experiência do consumidor é fundamental. Um anúncio bem-sucedido é aquele que não apenas chama a atenção, mas também ressoa com o público, levando-o a agir.
M: A mídia em outdoor tem segredo? Qual é?
C: A criatividade é essencial para se destacar nesse cenário. Adaptar-se às especificidades de cada região e público-alvo é crucial para o sucesso de qualquer campanha.
M: O que podemos falar a respeito do futuro do outdoor, na sua experiente opinião?
C: Olhando para o futuro, vejo a mídia exterior se integrando ainda mais com outras formas de comunicação. Imagine um outdoor que interage com o seu smartphone, oferecendo promoções personalizadas ou informações adicionais sobre um produto, como é o caso da adoção dos QR Codes em campanhas de OOH que oferecem uma maneira interativa e eficaz de conectar o público com conteúdos digitais. Seja em outdoors de grandes formatos estáticos ou em movimento, esses códigos permitem que consumidores acessem informações adicionais, promoções exclusivas e até mesmo façam compras on-line com um simples escaneamento de seus smartphones. A tendência é que os anúncios se tornem cada vez mais personalizados e relevantes para o consumidor, criando uma experiência única e memorável. Por fim, ressalto que a chave para o sucesso na mídia exterior é a criatividade e a adaptação.
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