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Política 8 DE JANEIRO

Oito de junho: seis meses dos atos golpistas e de vandalismo aos prédios dos 3 poderes

Uma das medidas tomadas para apurar os mandantes, participantes e financiadores dos ataques foi a instalação da CPMI do 8 de Janeiro

08/07/2023 11h40 Atualizada há 2 anos
Por: Patricia Oliveira
Seis meses após os atos antidemocráticos, investigações são feitas no STF, no Congresso e na Câmara Legislativa do DF. Foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil
Seis meses após os atos antidemocráticos, investigações são feitas no STF, no Congresso e na Câmara Legislativa do DF. Foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil

Neste sábado, 8 de junho, faz 6 meses que ocorreram os atos golpistas e de vandalismo às sedes dos três poderes da República, em Brasília. No âmbito do legislativo, uma das medidas tomadas para apurar os mandantes, participantes e financiadores dos ataques, foi a instalação da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que só foi instalada em 25 de maio, mais de 5 meses após os atos. O deputado federal Arthur Maia (União-BA) foi escolhido para a presidência da CPMI, e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) para a relatoria.

Arthur Maia disse que a comissão se dedica a "esclarecer os fatos e, não, confirmar narrativas". Segundo ele, o colegiado presta um trabalho à democracia.

"Não é razoável que tenhamos vivido aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro, com a invasão dos Três Poderes, e nada disso seja investigado por essa própria Casa. Nós sabemos que há uma narrativa de que tudo o que aconteceu está envolvido em uma orquestração maior de um possível golpe para interromper a democracia. E isso tem que ser investigado. Não pode passar em branco. Por outro lado, eu sei também, que existe a narrativa que houve facilitações. Enfim, todos esses discursos existem, mas todos nós, senadores e deputados, temos a obrigação de com toda honestidade colher as provas e fazer isso publicamente", declarou o deputado federal.

Já a senadora Eliziane Gama disse ser preciso investigar com seriedade "um dos atos mais terríveis da história brasileira".

Possíveis ligações entre atos anteriores aos ataques do 8 de janeiro também vem sendo alvo de apuração da CPMI. Um deles foi a tentativa de atentado terrorista no Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal de 2022. Membro do colegiado, a deputada federal Jandira Feghali (PC do B-RJ) ressaltou que "a importância maior é a investigação da estruturação e do planejamento do que ocorreu no 8 de janeiro. Até porque, os chamados omissos, facilitadores, esses já estão, muitos deles, sendo punidos. (...)  Mas, os chamados mandantes, financiadores, capilarizadores dessas informações e estímulos, isso aí é responsabilidade nossa".

A senadora bolsonarista Damares Alves (Republicanos-DF) disse que muitos dos detidos pela participação nos atos antidemocráticos são inocentes. Segundo ela, houve "violações aos direitos humanos que aconteceram em nome de defender a democracia".

A CPMI do 8 de Janeiro tem como primeiro signatário o deputado federal André Fernandes (PL-CE), e foi subscrita por 40 senadores. Fazem parte do grupo 16 senadores e 16 deputados com igual número de suplentes. O prazo de funcionamento é de 180 dias. Além da CPMI no Congresso, investigações estão em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e na CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

*Fonte: Agência Senado

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Patrícia Oliveira
Sobre Patrícia Oliveira
Jornalista com 20 anos de atuação. Trabalhou como repórter, produtora, editora e coordenadora na Rádio Tupi, SBT Rio, Rede TV! RJ e Record RJ, além da TV Justiça, SBT Brasília, Record Brasília e TV Pajuçara (Record Alagoas). Prestou assessoria de imprensa/comunicação, e gestão de redes sociais, à Guarda Municipal do RJ, Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), deputados federais Heitor Freire (União-CE), Sérgio Souza (MDB-PR) e Felipe Carreras (PSB-PE), e Comissão do Esporte da Câmara Federal
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