A capital federal recebeu a 1ª edição do Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Representantes das sete CMBs em funcionamento no país trocaram experiências para subsidiar a atualização das diretrizes e protocolos de atendimento. A iniciativa do evento é da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, do Ministério das Mulheres.
“Para que não tenhamos cada local com uma casa isolada, sozinha, nós precisamos ter uma linha de atendimento, uma linha da qualidade, da efetividade do resultado, enquanto uma política nacional que vai dar conta de respaldar a vida das mulheres e garantir segurança no atendimento”, explicou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
Em 8 de março passado, foi retomado o programa “Mulher Viver sem Violência”, e anunciada a construção de 40 novas Casas da Mulher Brasileira, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. No DF, o governo local autorizou a construção de três novas unidades, com sedes em Sobradinho II, São Sebastião e Recanto das Emas.
Números preocupantes
Dados da Rede de Observatórios da Segurança apontaram que, a cada quatro horas, uma mulher é vítima de violência no Brasil. Em 2022, foram mais de 2.400 casos registrados, sendo que quase 500 foram feminicídios, ou seja, a cada dia, ao menos, uma mulher morreu apenas por ser mulher.
O que é a Casa da Mulher Brasileira
A Casa presta atendimento humanizado e integrado às mulheres vítimas de violência. São oferecidos, por exemplo, serviços de acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; acesso à Justiça, ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
Casas da Mulher nos estados
Das 40 novas Casas da Mulher anunciadas pelo governo federal, quatro estarão na Bahia - Feira de Santana, Itabuna, Irecê e Salvador -; duas na Paraíba - João Pessoa e Patos. As sete unidades em funcionamento estão localizadas em Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Boa Vista (RR), São Luís (MA), e na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal.
Em recente encontro com a ministra Cida Gonçalves, a deputada federal Andréia Siqueira (MDB-PA) solicitou a construção de duas unidades da Casa nos municípios de Tucuruí e Marabá. A parlamentar ressaltou a importância do combate à violência doméstica e a necessidade de acolhimento especializado às vítimas.
"Recebemos sinal positivo da ministra para que essas unidades sejam construídas e atendam as mulheres que tanto precisam! Vamos estreitar o diálogo com o Ministério das Mulheres para que, cada vez mais, o estado brasileiro cumpra o seu papel de atender a população naquilo que é necessário e prioritário", afirmou a parlamentar (Foto: Ascom/Deputada Andréia Siqueira).
*Com informações complementares do Governo do DF e da Agência Brasil
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